Gestão de sustentabilidade em edifício impacta gerenciamento de Facilities...

Gestão de sustentabilidade em edifício impacta gerenciamento de Facilities, Projetos e Corporate Real Estate. Antigamente, era um luxo uma empresa possuir algum aspecto sustentável em seu edifício. Hoje é fundamental, uma premissa! A maioria dos novos prédios já é construída com algum apelo ambiental. A visão de Fabio Talero, sócio-diretor da Ocupantes, traduz a realidade e a forma que o mercado imobiliário encara a sustentabilidade. Para Talero, a competitividade entre as empresas traz novos desafios a serem superados nos mercados locais e global, e a sustentabilidade é uma das novas ferramentas que ajudam as empresas a sobreviverem nesse cenário acirrado.

Essa foi uma das abordagens discutas no painel sobre gestão de sustentabilidade promovido pela CoreNet Global durante o Greenbuilding Brasil, realizado em São Paulo, que contou com as presenças de Renato Fusaro, diretor Real Estate Latin America da Johnson & Johnson, e Fabio Roszczewski, diretor comercial da CoreNet, além de Fabio Talero.

Para os executivos, os desafios na aplicação da sustentabilidade nos vários setores da área imobiliária começam desde o site selection. "Onde construir um escritório para que a empresa seja green?" - já é uma pergunta que se repete no início de todo processo de movimentação. E logo a preocupação avança para outras áreas da edificação. Em projetos, por exemplo, os executivos acreditam que a sustentabilidade deve ser encarada como resultado de uma força-tarefa executada por uma equipe montada em torno da gestão, que precisa conduzir desenvolvimentos, cronogramas, prazos, orçamento e comunicação.

De acordo com os palestrantes, a área de Facilities também é a grande responsável pelo desenvolvimento da sustentabilidade de uma empresa. Segundo Fabio Roszczewski, tornar uma empresa sustentável exige planejamento em todas as suas áreas de funcionamento, desde decisões administrativas até o cotidiano dos funcionários. Da opção por certificações Leed ou da contração de consultorias terceirizadas, até o emprego de recursos de automação de energia, reciclagem de lixo, reaproveitamento de água e gestão de transporte (com objetivo de controle de emissão de gases) ou mesmo o uso de copos descartáveis.

Os executivos concordam que o apelo sustentável tem um impacto direto sobre a condição financeira e o valor agregado das empresas, resultando tanto em maiores investimentos por parte das marcas, quanto em aquisições de status positivo em seu branding. Mas para Renato Fusaro, diretor Real Estate Latin America da Johnson & Johnson, o mercado está cada vez mais pautado por uma verdadeira mudança de cultura ou pelo nascimento de uma legítima consciência sustentável, principalmente atrelada à mentalidade das novas gerações. A sustentabilidade saiu da condição de um item acessório para o estado de um item desejável. Todas as empresas, em seus vários setores, querem mostrar que possuem uma preocupação ambiental.